O nome oficial é Sandy, mas a dimensão é tal que alguns americanos, sempre dados ao espectáculo, o rebaptizaram como Frankenstorm. O furacão que vai chegar nesta segunda-feira à costa leste dos Estados Unidos, depois de ter feito 66 mortos nas Caraíbas, ganhou força à medida que se aproxima de terra firme. Nove estados norte-americanos declararam o estado de emergência. A guarda costeira teve de salvar 14 pessoas de um navio em dificuldades. O país prepara-se para o pior.
Nova Iorque, a cidade que nunca dorme, parou. Manhattan acordou nesta segunda-feira como uma ilha fantasma, à espera da tempestade que, segundo algumas previsões, poderá ser a mais forte de sempre a atingir território norte-americano. Os transportes estão parados, as escolas fechadas, o alerta em nível máximo.
O furacão já foi rebaptizado como Frankenstorm, devido à força que a tempestade (storm em inglês) pode ter – e em alusão a Frankenstein, o personagem de terror que liga muito bem à festa do Halloween, que está aí mesmo à porta e se celebra de quarta para quinta-feira.
A seriedade do momento pode ser avaliada também pelas reacções de precaução, que mobiliza forças municipais, estaduais e federais. O Presidente Barack Obama, que teve de anular iniciativas de campanha, lançou um vivo apelo para que as pessoas tomem todas as precauções. "Esta tempestade é grave e grande" declarou Obama, depois de uma reunião com a Protecção Civil, em Washington.
A vida de cerca de 50 milhões de pessoas pode ser afectada pelo furacão Sandy, classificado como sendo de categoria 1 neste momento em que ainda paira sobre o Atlântico. É este o número de pessoas que vive ou se encontra nesta altura na área que está dentro do percurso e do alcance do furacão. São moradores que passaram as últimas horas a proteger casas ou a fugir das zonas baixas e costeiras – onde a água é tão ou mais perigosa que o vento; são passageiros que ficaram retidos ou a meio da viagem porque o sistema público de transporte e toda a aviação civil parou para evitar problemas.
Para já, o Sandy é menos poderoso que o Katrina, que devastou Nova Orleães em 2005. Porém, as previsões indicam que o furacão ainda não mostrou todo o seu poder destrutivo. Isso mesmo foi confirmado pelo relatório das autoridades emitido às 5h locais: o furacão estava a ganhar força à medida que se aproximava da terra, à razão de 24 km/h; os ventos chegaram aos 140km/h, contra os 120km/h registados três horas antes.
Segundo a agência Reuters, a guarda costeira teve de intervir ao largo da Carolina do Norte, onde uma réplica do veleiro Bounty se encontrava em dificuldades. Das 16 pessoas a bordo, 14 foram resgatadas, com a ajuda de helicópteros. Os outros dois tripulantes continuam desaparecidos. O barco localizava-se a 260 km do centro do furacão.
Fonte: Público
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