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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Homenagem a Zeca Afonso - «Grândola, Vila Morena»

Zeca Afonso (1929 - 1987)
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, conhecido por Zeca Afonso, nome com o qual assinava seus discos. Nasceu em Aveiro a 2 de Agosto de 1929 e morreu a Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987, vítima de esclerose lateral amiotrófica  e foi um cantor de intervenção e compositor português.

"Grândola, Vila Morena" é a canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria sido banida pelo regime salazarista como uma música do partido comunista de Moscovo Comunismo. Às zero horas e vinte minutos do dia 25 de abril de 1974, a canção era transmitida na Rádio Renascença, a emissora católica portuguesa, como sinal para confirmar o início da revolução. Por esse motivo, transformou-se em símbolo da revolução, assim como do início da democracia em Portugal.


Letra:
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

A canção foi incluída no álbum Cantigas do Maio, gravado em dezembro de 1971, disco que conta com os arranjos e direcção musical de José Mário Branco. "Grândola, vila morena" é a quinta faixa do álbum, gravado em Herouville, França entre 11 de outubro e 4 de novembro de 1971.
Zeca Afonso estreou a canção em Santiago de Compostela (capital da Galiza) em 10 de Maio de 1972.
No dia 29 de março de 1974, «Grândola, vila morena» foi cantada no encerramento de um espectáculo no Coliseu de Lisboa. Na assistência estavam militares do MFA, que viriam a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos Cravos. Curiosamente, para esse espectáculo a censura havia proibido a interpretação de várias canções de Zeca, entre as quais "Venham mais cinco", "Menina dos olhos tristes", "A morte saiu à rua" e "Gastão era perfeito".
À meia-noite e vinte minutos da madrugada do dia 25 de abril de 1974, a «Grândola, vila morena» foi tocada no programa Limite da Rádio Renascença. Era a segunda senha que confirmava o bom andamento das operações e despoletava o avanço das forças organizadas pelo MFA. A primeira senha, tocada cerca de hora e meia antes, às 22 horas e 55 minutos do dia 24 de abril, foi a música «E depois do adeus», cantada por Paulo de Carvalho.
Pouco antes da sua morte, Zeca Afonso e vários amigos seus galegos cantaram ao vivo e gravaram uma nova edição da canção na Homenagem da Galiza a José Afonso.
Ainda na década de 1970, Nara Leão lançou no Brasil, em compacto simples, a canção.
Em 1987 foi regravada pelo grupo de rock brasileiro 365, no seu LP Mix da Música São Paulo, constando na sétima faixa com o nome de «Vila Morena».
Em Fevereiro de 2013, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho falava no debate quinzenal com os deputados quando foi interrompido pelo movimento "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" a cantar "Vila Morena" como forma de protesto contra as políticas económicas de seu governo e da troika. Dias depois esta mesma música foi cantada em Madrid na Puerta del Sol, pelo Movimiento 15-M aquando de uma manifestação.No dia 18 de Fevereiro, num encontro promovido pelo Clube dos Pensadores, o Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi igualmente interrompido por manifestantes ao som do Grândola, tendo chegado a entoar alguns versos da música.
Singles
Fonte: Wikipédia

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