António Oliveira Salazar e Marcelo Caetano eram os ditadores do Estado Novo, o regime que terminou a 25 de abril de 1974 Imagem/Fonte: Revista Visão |
O Movimento das Forças Armadas (MFA), composto por militares que haviam participado na Guerra Colonial e por estudantes universitários teve o apoio da população portuguesa, conseguindo a implantação do regime democrático e a instauração da nova Constituição a 25 de abril de 1976.
Após a revolução foi criada a Junta de Salvação Nacional que nomeou António de Spínola como Presidente da República e Adelino da Palma Carlos no cargo de Primeiro-Ministro.
Salgueiro Maia foi um dos "Capitães de Abril" |
O segundo sinal é dado às 0h20 m, quando a canção Grândola, Vila Morena de José Afonso é transmitida pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirma o golpe e marca o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão é Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano. Ao contrário de E Depois do Adeus, que era muito popular por ter vencido o Festival RTP da Canção, Grândola, Vila Morena fora ilegalizada, pois, segundo o governo, fazia alusão ao comunismo.
Otelo Saraiva de Carvalho comandou o 25 de abril. |
Ao longo do dia 25 de Abril de 1974, os revoltosos foram tomando outros objectivos militares e civis e, pese embora tenham existido algumas situações tensas entre as forças fiéis ao regime e as tropas que desencadearam o golpe, a verdade é que não houve notícia de qualquer confronto armado nas ruas de Lisboa. O único derramamento de sangue teve lugar à porta das instalações da PIDE (Polícia de Investigação e Defesa do Estado)/DGS (Direção Geral de Segurança) onde um grupo de cidadãos se manifestava contra os abusos daquela organização e alguns dos agentes que se encontravam no interior abriram fogo, atingindo mortalmente 4 populares. Podemos concluir que o 25 de Abril de 1974 foi um golpe relativamente pacifico.
Por detrás dos acontecimentos do 25 de Abril de 1974 estão mais de 40 anos de um regime autoritário, que governava em ditadura e fazia uso de todos os meios ao seu alcance para reprimir as tentativas de transição para um estado de direito democrático.
A censura, a PIDE e a Legião e a Mocidade Portuguesas são alguns exemplos do que os cidadãos tinham de enfrentar no seu dia-a-dia.
Por outro lado, a pobreza, a fome e a falta de oportunidades para um futuro melhor, frutos do isolamento a que o país estava votado há décadas, provocaram um fluxo de emigração que agravava, cada vez mais, as fracas condições da economia nacional.
Internacionalmente o país era pressionado para acabar com a guerra e permitir a auto-determinação das populações das colónias. A falta de armas nas forças portuguesas era proporcional ao aumento de meios dos movimentos independentistas. Os soldados portugueses morriam às centenas a milhares de quilómetros de casa.
Todos estes factores contribuíram para um descontentamento crescente entre as forças armadas, sobretudo entre os oficiais de patentes inferiores, o que levou à organização e concretização de um golpe militar contra o regime do Estado Novo.
Desta forma o dia 25 de Abril é conhecido como o Dia da Liberdade.
VIVA A LIBERDADE! |
Democracia - Trabalho em PowerPoint e em Movie Maker
Homenagem a Álvaro Cunhal - «Até Amanhã Camarada!»
Homenagem a Zeca Afonso- «Grândola Vila Morena»
Trova do Vento que Passa
Pedra Filosofal
Mais informações em:
Associação 25 de abril: www.25abril.org
Site da RTP sobre o 25 de abril: www.rtp.pt/25deabril
RTP Arquivo: www.rtp.pt/arquivo/index.php?tm=34&headline=14&visual=5
As Horas Decisivas de Abril: www..rtp.pt/ashorasdecisivasdeabril/
Sem comentários:
Enviar um comentário
AVISO: Todo e qualquer texto publicado na Internet através deste sistema não reflete, necessariamente, a opinião deste site ou do(s) seu(s) autor(es). Os comentários publicados através deste sistema são de exclusiva e integral responsabilidade e autoria dos leitores que dele fizerem uso. O autor deste site reserva-se, desde já, o direito de excluir comentários e textos que julguem ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros. Textos de carácter promocional ou inseridos no sistema sem a devida identificação do seu autor (nome completo e endereço válido de email) também poderão ser excluídos.