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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Dia da Liberdade (Revoulção dos Cravos) - 25 de Abril de 1974


António Oliveira Salazar Marcelo Caetano
eram os ditadores do Estado Novo,
o regime que terminou a 25 de abril de 1974
Imagem/Fonte: Revista Visão
O Dia da Liberdade é comemorado em Portugal a 25 de Abril. A Revolução dos Cravos refere-se a um período da história de Portugal resultante de um golpe de Estado militar, ocorrido a 25 de Abril de 1974, levaram a cabo um golpe de Estado militar, pondo fim ao regime ditatorial do Estado Novo , liderado por António de Oliveira Salazar que "caiu da cadeira" em 1968 e faleceu em 1970, e foi substituído por Marcelo Caetano (falecido em 1980) que governava Portugal desde 1933. Antes desta revolução, no regime do Estado Novo (Salazarista), havia censura, polícia política (PIDE - Polícia Internacional da Defesa do Estado)/DGS (Direção Geral de Segurança) , para quem criticava o governo, eram mortos, presos, e torturados.

O Movimento das Forças Armadas (MFA), composto por militares que haviam participado na Guerra Colonial e por estudantes universitários teve o apoio da população portuguesa, conseguindo a implantação do regime democrático e a instauração da nova Constituição a 25 de abril de 1976.

Após a revolução foi criada a Junta de Salvação Nacional que nomeou António de Spínola como Presidente da RepúblicaAdelino da Palma Carlos no cargo de Primeiro-Ministro.
Salgueiro Maia foi um dos
"Capitães de Abril"
Os dois anos seguintes foram de grande agitação social, período que ficou conhecido por PREC (Processo Revolucionário Em Curso).

Os militares golpistas, auto denominados Movimento das Forças Armadas (MFA) são comandados, secretamente, a partir do Quartel da Pontinha, em Lisboa, por Otelo Saraiva de Carvalho, um dos principais impulsionadores da acção. Às 22h 55m é transmitida a canção E depois do Adeus, de Paulo de Carvalho (ver letra), pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por João Paulo Diniz. Este é um dos sinais previamente combinados pelos golpistas, que desencadeia a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.
O segundo sinal é dado às 0h20 m, quando a canção Grândola, Vila Morena de José Afonso é transmitida pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirma o golpe e marca o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão é Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano. Ao contrário de E Depois do Adeus, que era muito popular por ter vencido o Festival RTP da CançãoGrândola, Vila Morena fora ilegalizada, pois, segundo o governo, fazia alusão ao comunismo.
O golpe militar do dia 25 de abril tem a colaboração de vários regimentos militares que desenvolvem uma ação concertada. No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos de Azeredo toma o Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. Forças do CIOE tomam a RTP e o RCP no Porto. O regime reage, e o ministro da Defesa ordena a forças sediadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não é obedecido, dado que estas já tinham aderido ao golpe. À Escola Prática de Cavalaria, que parte de Santarém, cabe o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria são comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço é ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia move, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontra o chefe do governo, Marcelo Caetano, que ao final do dia se rende, exigindo, contudo, que o poder seja entregue ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcelo Caetano parte, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.

Otelo Saraiva de Carvalho comandou o 25 de abril.

Ao longo do dia 25 de Abril de 1974, os revoltosos foram tomando outros objectivos militares e civis e, pese embora tenham existido algumas situações tensas entre as forças fiéis ao regime e as tropas que desencadearam o golpe, a verdade é que não houve notícia de qualquer confronto armado nas ruas de Lisboa. O único derramamento de sangue teve lugar à porta das instalações da PIDE (Polícia de Investigação e Defesa do Estado)/DGS (Direção Geral de Segurança) onde um grupo de cidadãos se manifestava contra os abusos daquela organização e alguns dos agentes que se encontravam no interior abriram fogo, atingindo mortalmente 4 populares. Podemos concluir que o 25 de Abril de 1974 foi um golpe relativamente pacifico.
Por detrás dos acontecimentos do 25 de Abril de 1974 estão mais de 40 anos de um regime autoritário, que governava em ditadura e fazia uso de todos os meios ao seu alcance para reprimir as tentativas de transição para um estado de direito democrático.
A censura, a PIDE e a Legião e a Mocidade Portuguesas são alguns exemplos do que os cidadãos tinham de enfrentar no seu dia-a-dia.

Por outro lado, a pobreza, a fome e a falta de oportunidades para um futuro melhor, frutos do isolamento a que o país estava votado há décadas, provocaram um fluxo de emigração que agravava, cada vez mais, as fracas condições da economia nacional.
Mas a gota de água que terá despoletado a acção revolucionária dos militares que, durante tantos anos tinham apoiado e ajudado a manter o regime, foi a guerra colonial em África. Com 3 frentes abertas em outros tantos países, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, os militares portugueses, passada mais de uma década, começavam a olhar para o conflito como uma causa perdida.
Internacionalmente o país era pressionado para acabar com a guerra e permitir a auto-determinação das populações das colónias. A falta de armas nas forças portuguesas era proporcional ao aumento de meios dos movimentos independentistas. Os soldados portugueses morriam às centenas a milhares de quilómetros de casa.

Todos estes factores contribuíram para um descontentamento crescente entre as forças armadas, sobretudo entre os oficiais de patentes inferiores, o que levou à organização e concretização de um golpe militar contra o regime do Estado Novo.

Desta forma o dia 25 de Abril é conhecido como o Dia da Liberdade.

VIVA A LIBERDADE!
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Mais informações em:
Associação 25 de abril: www.25abril.org
Site da RTP sobre o 25 de abril: www.rtp.pt/25deabril
RTP Arquivo: www.rtp.pt/arquivo/index.php?tm=34&headline=14&visual=5
As Horas Decisivas de Abril: www..rtp.pt/ashorasdecisivasdeabril/

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